Sereis minhas testemunhas (Act 1, 8)
“Estas palavras encontram-se no último colóquio de Jesus ressuscitado com os seus discípulos, antes de subir ao Céu, como se descreve nos Atos dos Apóstolos: «Recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria e até aos confins do mundo» (1, 8). E constituem também o tema do Dia Mundial das Missões de 2022, que, como sempre, nos ajuda a viver o facto de a Igreja ser, por sua natureza, missionária”
CONGRESSO MISSIONÁRIO “Fraternidade Sem Fronteiras”
A Igreja Católica em Portugal – congregações missionárias e a Conferência Episcopal – está a organizar um congresso, intitulado “Fraternidade sem fronteiras”, que vai decorrer nos dias 14 e 15 de outubro, no auditório Cardeal Medeiros, na Universidade Católica, em Lisboa.
“Falar de missão é falar de partilha: Partilha da fé, partilha de valores. Até agora falávamos de ir evangelizar, e agora também falamos de receber e é este intercâmbio entre povos e culturas, com experiências diferentes, culturais e evangélicas, isto é a missão”, disse padre José Rebelo, Diretor Nacional das Obras Missionárias Pontifícias em Portugal. Mesmo que alguns povos não precisem de missionários “é importante a presença” destes agentes porque “são testemunhas de uma tradição, de uma maneira de ser, até do ponto de vista dos valores”, e são testemunhas de uma riqueza grande, porque quem vai em missão também é enriquecido.
“Em vez de irmos converter pessoas, nós vamos em primeiro lugar para nos convertermos a nós próprios. E penso que o paradigma da missão terá de passar um pouco por aí: Não termos a pretensão de que vamos converter alguém mas termos o desejo bem vincado de nos convertermos a nós próprios”, disse o padre Adelino Ascenso, que esteve durante muitos anos no Japão.
O sacerdote, que é o superior geral da Sociedade Missionária da Boa Nova, e presidiu aos Institutos Missionários Ad Gentes (IMAG), refere que sair em missão inclui naturalmente estar disposto “a acolher”. “Devemos ser como recipientes, só esvaziando-nos é que podemos colher: Podemos colher a mensagem que o outro tem para nos dar. Podemos ir para a missão tão cheios, tão cheios, que não recebemos nada. E isso seria como ponto de partida absolutamente errado”.
O padre José Rebelo salienta que missão “é intercâmbio entre todos” e lembra que a vocação missionária é de todos, “é constitutiva do ser cristãos”, e salienta que existem, cada vez mais, “leigos que partem, famílias, não só consagrados que fizeram votos evangélicos”....
Para mais informações: Congresso Missionário “Fraternidade sem fronteiras”